The Magnificent Ambersons, EUA, 1942, Drama, 88 minutos

Direção: Orson Welles

Elenco: Joseph Cotten, Dolores Costello, Tim Holt, Anne Baxter

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: A10 ANOS

Contém: Violência

Áudio em inglês com legendas em português

 

“Aos 21, 22 anos de idade, tudo parece tão sólido, permanente e terrível que, nós de 40, encaramos como um miasma que se apagará. Os de 40 não podem contar aos de 20 sobre isso. Os de 20 saberão quando fizerem 40”. Esta frase do filme evidencia o conflito geracional que surge nos Ambersons, uma família abastadíssima do meio oeste estadunidense do final do século XIX.

Isabel Amberson deixa Eugene, além de outras razões, para ceder à uma pressão aristocrática da época, casando-se com Wilber Minafer, membro de outra família igualmente nobre, e tendo como filho o mimado e prepotente George. Passados mais de 20 anos, quem habita a colossal mansão dos Ambersons é uma Isabel recém enviuvada, seu irmão Jack e sua cunhada Fanny Minafer, e George somente nas férias da faculdade de direito.

Neste ínterim, para o bem ou para o mal, Eugene volta à cidade enriquecido como industrial automobilístico, e este retorno instiga na trama uma série de paixões: seja de George por Lucy, filha de Eugene; seja de Fanny por alguém em particular. Mas sobressai-se a paixão redespertada no reencontro entre Eugene e Isabel. E é este reencontro que açula a ira de George, que vê Eugene como um interessado em usurpar a fortuna da família. Diante das investidas de George em obstaculizar a relação, Eugene endereça a Isabel uma bela carta de amor que, além da frase que abre esta resenha, contém uma proposta. Como mãe e filho reagirão?

Este filme é baseado na obra homônima de 1918 do novelista Booth Tarkington, e tem uma forma um tanto pioneira de apresentar seus créditos. E apesar da produtora ter retalhado mais de 40 minutos de sua película original por motivos de bilheteria, é tido pela crítica como um dos maiores filmes de todos os tempos.

André Castilho