Brasil, 1977, Drama, 118 minutos
Direção: Héctor Babenco
Elenco: Reginaldo Farias, Paulo César Peréio, Ivan Cândido, Ana Maria Magalhães
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 18 anos
Contém: Relação íntima, assassinato, nudez
Áudio em português
Em meio ao regime militar brasileiro, existiu um criminoso carioca famoso por seus assaltos a bancos e recorrentes fugas da polícia. Sua fama cresceu ainda mais ao prestar um depoimento e revelar verdades ocultas sobre as engrenagens políticas da época. As repercussões surtidas por tal revelação foram expressivas, chegando a propagar-se em manchetes de jornais e inspirando obras, como um romance-reportagem, escrito por José Louzeiro, e o segundo longa-metragem dirigido por Hector Babenco. Estamos nos referindo aqui a Lúcio Flávio.
Lúcio Flávio – O Passageiro da Agonia é uma obra cinematográfica realista da história de Lúcio Flávio Villar Lírio durante a década de 1970. Um sujeito entregue ao mundo do crime, em busca de concretizar um sonho utópico: conquistar sua própria fortuna e ter estabilidade na vida. Em um movimento ousado para alcançar seu objetivo, Lúcio Flávio e sua gangue de criminosos firmam um acordo com o Esquadrão da Morte, um grupo de policiais corruptos que agiam fora de lei.
Em sua época, o longa-metragem levou 5,4 milhões de espectadores aos cinemas, tornando-se o sexto filme nacional mais assistido de todos os tempos. Digno ao prêmio de Melhor Filme na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em 1977, Lúcio Flávio – O Passageiro da Agonia é um retrato da corrupção endêmica nos sistemas de força brasileiros.
Lara Moreira