Continuando com a programação comemorativa aos 40 anos do Cineclube CDCC, na qual destacamos obras de distintos países, cada qual com sua influência e relevância para a amada sétima arte.

Abordaremos neste mês o cinema asiático, que possui inúmeras faces, tendo em vista a imensa diversidade cultural presente em seu território. Em 1890 surgem os primeiros curtas metragens da Ásia, iniciando a produção cinematográfica por todo o continente até às duas próximas décadas. Embora não seja possível traçar uma tendência unânime no cinema asiático, existem alguns destaques, como Bollywood, na Índia, ou até mesmo o cinema chinês que, atualmente, assumiu o posto de maior mercado mundial de cinema, superando o antigo líder, os Estados Unidos.

Quando se pensa na Ásia, logo vem na cabeça os grandes longas-metragens chineses, com as suas paralisantes cenas de lutas e artes marciais, muitas vezes protagonizadas por atores como Bruce Lee ou Jackie Chan. As lutas tradicionais estão muito presentes nas películas chinesas, fórmula que possui muito prestígio e continua a atrair legiões de fãs por todo o globo.

Não muito distante, existem as produções de Bollywood, que possuem as suas próprias características e forma. Uma tendência bastante presente nas obras indianas são as danças e musicalidade típicas do país, e essa mistura cria uma unidade artística muito vibrante, que agrega fortemente na experiência dramática dos filmes. Tal ponto se torna um diferencial sobressalente das obras indianas em relação às obras da cultura ocidental.

Para o cinema japonês temos a incrível presença do diretor Akira Kurosawa, que cativa ocidentais e orientais desde a sua primeira aparição. Vivendo momentos conturbados, no que diz respeito à produção cinematográfica no país, o Japão passou grande parte do século XX em conflitos com a China e envolvida na 2ª. Guerra Mundial, o que influenciou o desenvolvimento de filmes na época.

Por fim, o cinema iraniano que, um pouco menos conhecido comparado a outros países da Ásia, possui o seu prestígio. Abalada por momentos de tensão e censura durante a revolução de 1979, a indústria cinematográfica do país segue em um constante desenvolvimento e, cada vez mais, ganha destaque internacional com seus trabalhos artísticos.

Lucas Reis e equipe Cineclube