La Duchesse de Langeais, França,2007, Drama, 137 minutos

Direção: Jacques Rivette

Elenco: Jeanne Balibar, Guillaume Depardieu, Bulle Ogier

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS

Contém: Diálogo adulto

Áudio em francês com legendas em português

 

Diz-se que quem é feliz no amor, no jogo é infeliz

Mas de quem faz do amor um jogo: o que é que se diz?

Eu não sei jogar, e ela é a rainha

Como poderei pensar que ela é minha?

(Caetano Veloso)

Estamos na França do século 19. Armand, o marquês de Montriveau (pronuncia-se “monrivú”), é um general bonapartista que, ao acompanhar uma missa durante expedição na ilha de Maiorca, reconhece em uma das freiras carmelitas um antigo amor há muito procurado: trata-se de Antoinette, a duquesa de Longeais (pronuncia-se “lõngê”). Com sua influência, o Marquês consegue adentrar os corredores da confraria, furando por alguns instantes a vida de enclausuramento da amada para ter-lhe uma palavra, e ela o recebe com muito esforçada frieza e indiferença.

A letra que abre esta resenha, embora seja do cancioneiro brasileiro, de certo modo narra o que ocorrera quando os personagens se conheceram anos antes. A então duquesa era a musa dos salões franceses e legítima coquette, que calculara um jogo de sedução descompromissado em cima do marquês, que já era um famoso veterano de guerra. Insatisfeito por não tê-la, vinga-se quando percebe que foi alvo daqueles joguetes sentimentais.

Afinal de contas: “A música, a religião, o amor… não serão a mesma expressão da necessidade de expansão que quer toda a alma nobre? ”

André Castilho                                                   

 

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=tG0TPBO1qrI