Direção: George Miller
Elenco: Nick Nolte, Susan Sarandon, Peter Ustinov
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre
Contém: Não há inadequações
Áudio em inglês, legendas em português

Nos Estados Unidos da década de 1980, a vida tranquila do casal Augusto e Michaela Odone vira de cabeça para baixo quando seu
filho Lorenzo, de apenas cinco anos, começa a apresentar sintomas de uma rara e devastadora doença neurológica: a
adrenoleucodistrofia (ALD). Diante do terrível diagnóstico e da ineficácia dos poucos tratamentos existentes, os pais se veem
mergulhados em um mundo de desamparo e incertezas em razão das limitações científicas da época, que até então pouco conhecia
a doença. Recusando-se a aceitar a inevitável deterioração de Lorenzo, eles decidem estudar a fundo a biologia do distúrbio e
buscar, por conta própria, um tratamento capaz de frear seu avanço.
Assim, desenvolve-se uma comovente narrativa de luta, perseverança e amor incondicional, em que os limites entre ciência, intuição e esperança são constantemente testados. Os Odone, sem formação médica, desafiam a autoridade científica da época ao se tornarem pesquisadores de sua própria causa, enfrentando resistências institucionais e ceticismo da comunidade médica. O filme evidencia o contraste entre a rigidez do conhecimento técnico estabelecido e a força impulsionadora da empatia, da dedicação familiar e do desejo de fazer o impossível por quem se ama. É nessa jornada de enfrentamento e aprendizado que o “óleo de Lorenzo” surge, fruto da persistência de dois pais determinados a salvar o filho — ou, ao menos, lhe devolver alguma dignidade.
Por fim, com uma direção sensível e atuações intensas, O Óleo de Lorenzo consegue equilibrar emoção e crítica social,
conseguindo além disso, se preservar de uma dramatização excessiva. A obra se destaca ao explorar não apenas o drama familiar,
mas também a frieza dos sistemas de saúde e ciência diante de casos fora da norma. É um filme que convida à reflexão sobre os
limites da medicina, a potência da vontade humana e a importância de dar voz a quem, muitas vezes, é deixado de lado.

Thiago Freire Nascimento

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