Dr. Jekyll and Mr. Hyde, EUA, 1920, Terror, 69 minutos

Direção: John S. Robertson

Elenco: John Barrymore, Brandon Hurst, Martha Mansfield, Nita Naldi

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 anos

Contém: Violência, Drogas, Tensão

Filme mudo com legendas em português

 

Seguindo fielmente a obra original publicada em 1886, a novela gótica do inglês Robert Louis Stevenson, Strange Case of Dr Jekyll and Mr Hyde, o filme acompanha o respeitável médico Dr. Henry Jekyll, conhecido pelo seu caráter perfeito, mostrado muitas vezes como um homem puro e isento dos “pecados da vida”, como o egoísmo, já que ajuda os pobres em uma clínica gratuita e a imoralidade, já que não costuma frequentar bares, sair com prostitutas ou se envolver em brigas. Também é destacado na história o fato de Henry passar a maior parte do seu tempo fazendo pesquisas em seu laboratório, deixando-o com pouco tempo para sua pretendente amorosa, a jovem Millicent Carewe. Isso faz o pai da garota ficar irritado com a altivez de Jekyll, dizendo a famosa frase: “Nenhum homem poderia ser tão bom quanto parece”.

Tudo isso serve de gatilho para o desenrolar da história, em que o protagonista começa a se perguntar, e logo depois também a pesquisar, sobre a possibilidade de dividir o homem em duas partes, sendo uma totalmente pura, que seria vista e conhecida por todos, e outra obscura, na qual todos os sentimentos não aceitos pela sociedade se alojariam e, neste corpo, poderia cometer todos os pecados que quisesse, sem ser julgado por isso e nem afetando sua parte boa.

Não demora muito, o cientista consegue alcançar seu objetivo graças a uma espécie de substância, que agora o faz assumir a personalidade nomeada por ele como Mr. Hyde. Assim, Jekyll consegue realizar todas suas vontades reprimidas. Não tarda e esses atos do personagem acabam por afetar a vida de várias pessoas e a atormentar a vida do próprio protagonista, que precisa, mais do que nunca, lidar com o seu lado que tanto reprimia.

Igor S. Santos