L’ Homme de Rio, França, 1964, Comédia, 105 minutos
Direção: Philippe de Broca
Elenco: Jean-Paul Belmondo, Françoise Dorléac, Jean Servais
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: A12 anos
Contém: Violência, Tensão
Áudio em francês, com legendas em português

No início da década de 1960 estava surgindo na França um novo movimento artístico no cinema denominado Nouvelle Vague contraponto do estilo vigente, ou seja, a continuidade do espaço e tempo e a lógica narrativa caracterizada por longos planos e profundidade de campo. Os franceses inseriram o novo formato visual no cinema, com rápida mudança de cena, planos sem muita unidade e roteiros elaborados no improviso. Esse movimento foi marcado por novos cineastas como François Truffaut, Jean-Luc Godard, Claude Chabrol, Jacques Rivette, Eric Rohmer e Philippe de Broca.

O cineasta Philippe de Broca buscou referências nas histórias em quadrinhos As Aventuras de Tintim, particularmente O Ídolo Roubado (ou A Orelha Quebrada). Aficionado pelas aventuras do personagem, introduziu na película diversos elementos dos quadrinhos. A história começa quando Adrien, um soldado da força aérea francesa ganha uma semana de folga e parte rumo a Paris para ver sua quase noiva Agnes. Um grupo de criminosos interessados em três estátuas indígenas, roubam uma delas em exposição no Museu do Homem, acabam por frustrar seus planos com a jovem e uma série de eventos comina no sequestro da amada. Os sequestradores hipnotizam a moça e a trazem para o Rio de Janeiro. Em busca de libertar sua namorada, Adrien começa uma perseguição pela cidade atrás dos criminosos. Ao decorrer da caçada, o soldado conhece um menino de nome Sir Winston que trabalha de engraxate pelas ruas da cidade e com a ajuda do seu novo parceiro, consegue resgatar Agnes. O casal, em busca das outras duas estátuas e de solucionar o mistério das relíquias acaba passando por diversas aventuras no Rio de Janeiro, Brasília e terminando na Amazônia.

O filme foi um dos mais vistos mundialmente naquele ano, foi indicado ao Oscar de melhor roteiro original e ganhou o prêmio de melhor filme estrangeiro na Associação de críticos de Nova York. Philippe de Broca recebeu uma carta de Steven Spielberg contando que o diretor assistiu ao filme 9 vezes e que serviu de inspiração para o clássico de Indiana Jones e a Arca Perdida
(1981).

João Victor Sant’Anna

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