Clockers, Estados Unidos, Drama Policial, 1995, 128 minutos
Direção: Spike Lee
Elenco: Harvey Keitel, John Turturro, Delroy Lindo, Mekhi Phifer
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos
Contém: Drogas Ilícitas, Violência, Linguagem Inapropriada
Áudio original em inglês, com legendas em português

Um jovem garoto da periferia que sonhava em ascender no submundo do tráfico é apontado como principal suspeito em um assassinato, porém seu irmão vai à delegacia e se apresenta como culpado; entretanto após a investigação, a confissão se mostra confusa e cada hora mostrava uma história diferente, com isso os detetives Rocco Klein e Larry Mazilli vão atrás do jovem Strike em busca de respostas. Contudo, Rocco e Larry descobrem que a realidade do gueto é mais profunda do que parece, com esquemas sombrios, corrupção e um sistema de poder muito sólido no tráfico, onde os mais fracos são os primeiros a cair. Enquanto isso, Strike questiona sua lealdade e se era este o destino que queria, enquanto tenta contornar a situação envolvendo seu irmão.
O nome do filme vem do termo “clockers” uma expressão para traficantes que ficam nas ruas o dia todo, pois ficavam “around the clock” e isso é mostrado pela realidade de Strike que é um traficante que ficava 24 horas em um parque vendendo drogas, este termo era usado de forma pejorativa até pela polícia, afim de mostrar que os “clockers” estão abaixo na hierarquia.
Dirigido por Spike Lee, um homem que vivia a realidade da periferia do Brooklyn, o filme foi aclamado pela crítica e considerado obra de maturidade triste que sacrifica pouco da energia característica de seu diretor; é um drama reconhecidamente falho com uma mensagem poderosamente urgente. Isso se vem pela forma crua que o filme representa a periferia de Nova York, o racismo e desprezo da polícia, além do linguajar e atitudes que fazem parecer que os atores sequer estavam atuando.
Acompanhado por uma ótima trilha sonora de rap, jazz e blues, o filme é uma experiência emocionante e importante que mostra uma realidade difícil de uma cidade tão grande.

Vitor Augusto Andrade

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