Chrysocyon brachyurus
Conhecido como Lobo-Guará, no Brasil é encontrado nos biomas Pantanal, Campos Sulinos e no Cerrado, chegando próximo de regiões de Caatinga e Mata Atlântica. É o maior canídeo silvestre da América do Sul. É um animal solitário, com hábito crepuscular e noturno, que costuma percorrer longas distâncias por dia. Sua dieta é composta de pequenos vertebrados e frutos, principalmente a fruta-do-lobo, variando conforme a disponibilidade de alimento. Devido à destruição do seu habitat, esta espécie é considerada ameaçada de extinção no Estado de São Paulo.
Esse indivíduo foi recebido no CDCC/USP, vítima de atropelamento em área rural de São Carlos, e taxidermizado em 2013 por Alexandro Lancelotti, funcionário do setor de Biologia.
Ranphastos toco
Conhecido como tucano toco, apresenta 56 cm de comprimento e pesa cerca de 540 gramas, sendo o maior de todos os tucanos. A característica mais notável da espécie é o grande bico amarelo-alaranjado, que é constituído de tecido ósseo esponjoso, formando uma estrutura não maciça e areada como um favo de mel. É um animal onívoro, alimenta-se de insetos, lagartos, ovos, filhotes de outras aves e, principalmente, frutos. Seu hábito alimentar é diurno. Na Mata Atlântica possui importante relação de dispersão do palmito juçara (palmiteiro).
Esse indivíduo foi recebido no CDCC/USP, vítima de atropelamento em área rural de São Carlos, e taxidermizado em 2013 por Alexandro Lancelotti, funcionário do setor de Biologia.
Tamandua tetradactyla
O Tamanduá–Mirim, também conhecido como Tamanduá de Colete, vive nas florestas tropicais e cerrados. É um animal arbóreo-terrestre com hábitos preferencialmente noturnos. Alimenta-se de cupins, formigas e abelhas, utilizando suas garras para escavar os cupinzeiros e formigueiros e sua língua extensível, comprida e com espinhos voltados para trás e recoberto com saliva pegajosa, para capturá-los. É o único mamífero que não possui dentes, enxerga e ouve pouco, porém seu olfato é aguçado para localizar suas presas.
Esse indivíduo foi recebido no CDCC/USP, vítima de atropelamento em área rural de São Carlos, e taxidermizado em 2003 por Alexandro Lancelotti, funcionário do setor de Biologia, e Matheus de Paula Cerroni.
Cyanocorax caeruleus
As gralhas azuis são aves muito inteligentes e vivem em bandos de 6 a 8 indivíduos, hierarquicamente bem organizados, que se mantêm estáveis até duas gerações. Costuma-se ouvir que a gralha é exclusiva dos pinheirais, porém ela também vive na Mata Atlântica e sua distribuição vai desde o sul do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul. Apesar de o seu alimento preferido ser o pinhão, se alimenta também de frutos diversos, ovos e filhotes de outras aves, pequenos vertebrados e invertebrados, e restos de alimentos humanos, como pão. Constroem seus ninhos na copa de árvores altas, preferencialmente no cálice das araucárias. Apresentam o hábito de esconder as sementes dos pinheiros, como meio de guardar comida, esquecendo-se com frequência de algumas delas. Esse ato pode ser considerado com um ato de dispersão. Por isso, acredita-se que a gralha-azul seja importante para a germinação e desenvolvimento do pinheiro-do-paraná.
Esse indivíduo foi recebido no CDCC/USP, vítima de atropelamento em área rural de São Carlos, e taxidermizado em 2013 por Alexandro Lancelotti, funcionário do setor de Biologia.
Puma concolor
As onças pardas apresentam ampla distribuição no Brasil, estando presente em todos os biomas. É a espécie com maior distribuição pelo continente americano, ocorrendo do oeste do Canadá até o extremo da América do Sul. Possuem adaptações a diversos tipos de ambiente e clima, o que lhes garante grande flexibilidade para sobreviver em diferentes ambientes naturais, mas também em áreas modificadas, como plantações, sítios e pequenas cidades. Animal muito ágil e forte, abatendo suas presas com grandes saltos (até 5 metros) ou corridas rápidas, possui garras fortes, afiadas e retráteis, além de uma língua coberta por papilas que dão um aspecto de lixa. Possuem hábito solitário, terrestre e atividades predominantemente noturnas. Em geral, sua dieta é composta por mamíferos de médio a pequeno porte, como porcos do mato, veados, paca, quati, capivaras, aves, répteis e peixes. No Estado de São Paulo é considerada ameaçada de extinção, conforme decreto Estadual nº 60.133/2014.
Esse indivíduo foi recebido do Projeto Corredor das Onças do ICMBio em agosto de 2013 e foi morto em conflito com população rural na área onde o Projeto atua. http://www.icmbio.gov.br/corredordasoncas/pt/
Foi taxidermizado em 2013 por José Simão Júnior, do Museu de História Natural de Itapira.